Carros autônomos: tudo o que você precisa saber
25/08/2022
EM Informação
Parece coisa de ficção científica ou de desenho animado, mas não é. Os carros autônomos têm se tornado a nossa futura realidade (ou presente, para alguns países) e também se tornam uma grande novidade não somente para os amantes de veículos, mas para a toda a nossa sociedade.
Já imaginou pedir comida por delivery e um carro sem ninguém dirigindo entregar para você? Ou melhor: pedir uma corrida por aplicativo e ser recebido por um robô que dirige sozinho? É basicamente essa a premissa dos veículos autônomos.
Mas, na verdade, o que eles são? Como funcionam? Quantos deles estão entre nós?
Fizemos este post para responder essas perguntas e te informar de tudo o que você precisa saber sobre carros autônomos.
O que é um carro autônomo?
Também conhecido como veículo automático, é literalmente um carro que não precisa de uma pessoa para dirigi-lo.
Ele é um automóvel robotizado, projetado para viajar entre destinos sem que o motorista precise fazer alguma coisa. A ideia é fazer com que o carro possa realizar tudo aquilo que o cérebro humano faz enquanto está dirigindo.
Portanto, computadores e sensores fazem o trabalho de movimentar o veículo e de passar com êxito pelas situações usuais de trânsito. Dessa forma, acidentes se tornariam muito menores, já que não contariam com a falha humana.
Como tudo começou?
Apesar de parecer uma novidade, o primeiro projeto de veículo autônomo já possui 10 anos de história.
Em 2010, a Google projetou o primeiro protótipo e, desde então, várias outras empresas entraram nesse mercado, e a lista é enorme!
Dessa forma, todas estão contribuindo para o desenvolvimento da tecnologia acerca desse segmento e, claro, aumentando a segurança e performance dos carros autônomos.
E não pense que o Brasil tenha ficado para trás. Em 2011, a Universidade de São Paulo começou com o projeto CARINA (Carro Inteligente para Navegação Autônoma), e a Universidade Federal de Minas Gerais também seguiu com os testes do seu projeto CADU (Carro Autônomo Desenvolvido).
De acordo com a multinacional de serviços Ernst & Young, a previsão é que no ano de 2025 já haja cerca de 4% de carros autônomos rodando no mundo. Em 2035, a tendência é que esse número suba para 75% dos carros vendidos.
Como os carros autônomos se movimentam?
As câmeras, sensores e radares do veículo detectam os sinais de trânsito, semáforos, pessoas, obstáculos, e por aí vai. Só que isso tudo traz uma grande vantagem: esses elementos do carro autônomo fazem uma avaliação de 360º ao seu redor.
Essa avaliação é instantaneamente enviada para a central de controle do veículo, que é como se fosse o cérebro humano. É essa central que comanda as ações que o carro deve tomar, quais equipamentos devem ser acionados e como o carro deve ser manobrado.
É tudo muito rápido, como se uma pessoa estivesse controlando o veículo.
Dessa forma, ele consegue captar elementos que são muito mais difíceis para o olho humano conseguir e, por isso, se torna muito mais seguro e com menos falhas.
Quando veremos carros autônomos nas ruas?
Esse “futuro” está mais perto do que você imagina. Em fevereiro deste ano, os Estados Unidos deram permissão para o primeiro veículo autônomo circular nas ruas de Houston, no Texas.
Antes, já haviam sido liberados alguns modelos, com a exigência que tivessem a presença de um motorista para assumir o controle em casos de emergência.
Agora, com o R2 da Nuro (empresa de robótica do Vale do Silício), não há espaço para um motorista: o carro poderá ser controlado remotamente caso necessário.
No entanto, ele será usado apenas para entregas e deverá atingir a velocidade máxima de 40km/h nessa fase inicial de testes
Vantagens dos carros autônomos
Os veículos interagem entre si
Diante de uma configuração poderosa na base da implementação de sistemas de condução autônoma, há também tecnologia avançada na parte de conexão.
Os carros que dirigem sozinhos poderão, conforme configuração, correr mais próximos uns dos outros, movendo-se em estilo pelotão para levar as pessoas aos seus destinos, por exemplo.
Economizam tempo
Além de permitir àquele que seria o motorista adiantar tarefas que não poderia realizar se estivesse conduzindo o veículo, o carro autônomo pode realizar funções sozinho.
Como estacionar sozinho, não tomando o tempo da pessoa para isso. Ao mesmo tempo, os carros recebem informações de trânsito, desviam automaticamente de rotas com problemas e mais.
São mais seguros
As imprecisões humanas e equívocos no trânsito provocados por desatenção de motoristas cansados ou com outros problemas de saúde são eliminados.
A automatização oferece uma diminuição considerável na margem de erro na direção, principalmente à medida que aumenta a interação do carro com as cidades e ambientes inteligentes.
São mais sustentáveis
A economia de tempo também tem a ver com menos tempo do carro rodando, em funcionamento, utilizando combustível (energia). Logo, há menos impacto ambiental. A eficiência gera menor necessidade de recargas ou reabastecimento.
O foco no desenvolvimento dos carros autônomos também acompanha a linha do desenvolvimento dos carros elétricos e voltados para emissão zero, como também são os movidos a hidrogênio.
A produção desses veículos não requer muitos recursos, considerando também que muitas peças automotivas hoje vêm de materiais reciclados.
Avançam na integração
Sistemas de comunicação a bordo nos carros autônomos possuem competências avançadas, que vão além da interação entre veículos que vimos acima.
Temos a parte da integração dos automóveis com centrais de trânsito e mapas, para buscar rotas melhores e a parte de atualizações over-the-air (OTA), para integração do software do automóvel sem que seja necessário levá-lo para uma autorizada da montadora.
Sem contar os serviços conectados que crescem de maneira exponencial, acompanhando anseios do motorista que busca comodidade, praticidade e tranquilidade.
Nessa linha, há avanços em serviços de streaming, Wi-Fi, rede informatizada mais avançada (incluindo premissas com o 5G) e por aí vai. Além disso, as pessoas dentro de um veículo autônomo de alto nível podem interagir entre si sem se preocupar com o trânsito, enviar e-mails e realizar reuniões virtuais.
Menos gastos com manutenção
Além da redução nas despesas com combustível (dado o perfil elétrico dos carros autônomos) ao otimizar o uso de energia e desgaste, ao longo do tempo, há menos gastos com manutenção. Esses modelos vão visitar muito menos a oficina.
Não vai ser necessário saber dirigir
Bom, aqui já estamos falando dos níveis mais avançados na classificação da SAE. Porque, realmente, ninguém dentro de um carro autônomo de nível 5 precisará tirar carteira de motorista para poder viajar.
No máximo, vão precisar decorar comandos de voz para que o veículo realize alguma ação não programada antes.
As perspectivas para termos carros 100% autônomos muito mais presentes na nossa realidade acabam pedindo para que a gente tenha um pouco mais de paciência. Questão de uma ou mais décadas, talvez.
Mas o que vem sendo criado, desenvolvido, trabalhado nesse cenário é bem animador. As tecnologias que acompanham o avanço dos veículos na classificação de direção autônoma direta e indiretamente permitem visualizar a mobilidade urbana bem mais segura, mais rápida e confortável em linhas gerais.
Ainda temos o tom sustentável que as empresas automobilísticas vêm defendendo. E olha que nem falamos de carros autônomos e voadores.